terça-feira, 3 de agosto de 2010

DEUS, O PECADO E O PECADOR

João 8.1-11
Os escribas e fariseus eram as autoridades religiosas de Jerusalém e frequentemente eram censurados publicamente pelo Senhor Jesus. Por muitas vezes eles O desafiavam e sempre perdiam o debate. Neste texto eles apresentam uma mulher que foi pega em adultério e desafiam o Senhor Jesus a defendê-la, aquele que sempre pregou o amor ao próximo e o perdão agora é colocado diante de uma situação praticamente definida. Defender esta mulher seria contrariar a Lei de Moisés, era exatamente isso que eles queriam, se Jesus dissesse a eles que a apedrejassem, a multidão questionaria seus ensinos, se dissesse que não a apedrejassem, Ele feriria a Lei Mosaica. Com uma frase o Senhor transforma os acusadores em réus. Neste episódio vemos três personagens principais: Deus, o pecado e o pecador, que nos mostram ensinos importantes.

I - DEUS NÃO IGNORA O PECADO (6,7)
Algo que podemos notar aqui é que o Senhor Jesus não defendeu aquela mulher, ela foi pega em adultério e pela Lei merecia a pena de morte, o Senhor não questionou esse fato.
Deus nunca passou a mão na cabeça de pecadores, seja quem for. Abraão, Moisés, Davi e outros grandes homens pecaram e Deus não apenas permitiu que colhessem a consequência de seus erros mas também inspirou o registro desses erros. Em Josué 24.19 lemos: "Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados." Deus nunca tolerou e jamais tolerará o pecado, nós e que somos, em muitas vezes, permissivos e ignoramos os efeitos do pecado. Para Deus, seja pecadinho ou pecadão (nós fazemos essa diferenciação pelas consequências), merece uma sentença, a morte.

II - DEUS CONFRONTA O PECADOR (7,9)
Mateus 4.17 diz: "Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus."
Aqueles homens confrontaram o Senhor Jesus com o pecado daquela mulher, o Senhor por sua vez os confrontou com os próprios pecados deles. A mensagem do Evangelho é confrontadora, Ele nos coloca diante das nossas maiores mazelas, se assim não fosse não haveria conversão. O AA tem como primeiro passo o reconhecimento de ajuda, a partir do momento em que a pessoa se vê como um doente, ela percebe que precisa de transformação. Jamais veríamos que necessitamos de transformação se o Evangelho não nos colocasse diante das nossas purulentas e abertas feridas.
Em João 16.8 lemos: "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo." Mais do que convencer esta palavra significa expor, condenar, reprovar. O Espírito Santo nos coloca frente a frente com nossas fraquezas.

III - DEUS PERDOA O PECADOR (10,11)
Aquela mulher domonstra estar profundamente arrependida pelo que fez. Quando nos achegamos a Deus com nossos corações sinceros e quebrantados, Ele nos perdoa.
Em Atos 3.19 está escrito: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados". E em 1João 2.12 encontramos: "Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome". O Senhor Jesus tem todo poder para perdoar os pecados daqueles que se achegam a Ele através da fé. Faça como esta mulher, quebrante o teu coração na presença do Senhor e receba o perdão de todos os teus pecados e não peques mais.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BASES DE UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL


DANIEL 1
Imagine quatro jovens num lugar onde impera a depravação. Daniel e seus amigos haviam sido levados cativos por Nabucodonozor para a Babilônia e eles tinham conciência que tudo o que estava acontecendo era por permissão de Deus. Aqueles jovens poderiam demonstrar revolta e render-se a todo tipo de depravação da qual estavam expostos, mas não o fizeram. Poderíamos nos perguntar a razão pela qual eles agiram assim e a resposta seria, eles tinham um relacionamento saudável com Deus e isso influenciou suas decisões, por isso rejeitaram as finas iguarias do rei. Os preceitos contidos neste texto são aplicáveis em qualquer nível de relacionamento, amizade, matrimônio e especialmento no relacionamento com Deus, são eles...

I - FIDELIDADE (8)
Algumas versões bíblicas (incluindo a NVI) traduzem a segunda parte do versículo quatro do capítulo dois do livro do profeta Habacuque como: "o justo viverá por sua fidelidade". No grego (idioma do Novo Testamento) fidelidade e fiel possuem a mesma raíz. É inconcebível a idéia de um crente infiel, no livro do profeta Ezequiel o próprio Deus compara a infidelidade de Seu povo à infidelidade conjugal, na Nova Aliança, a igreja é chamada de noiva de Cristo, isto nos mostra de quão estreita é a relação do Senhor e Seu povo.
Em 1Coríntios 4.1,2 lemos: Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.
Fidelidade deve permear todo e qualquer tipo de relacionamento. Na mente de Deus o divórcio é inaceitável, mas por causa da dureza do coração humano Ele abriu um e apenas um precedente, a infidelidade. A requeremos de nossos amigos, nossos cônjuges e Deus também requer de nós.

II - CONFIANÇA (12,13)
Daniel estava exposto a uma situação da qual poderia simplesmente entregar os pontos. Estava num beco sem saída, mas ainda assim confiou no Senhor. Ele não sabia o que Deus iria fazer, mas ele sabia que Deus iria fazer. Daniel pediu dez dias porque sabia que o sobrenatural sobreporia ao natural.
No Salmo 112.7 lemos : "Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no SENHOR." e no Salmo 125.1 lemos:"Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre." A confiança é a base de todo e qualquer relacionamento saudável. A confiança no Senhor nos ajuda a vencer nossos maiores temores. Na época das novelas ao vivo, um ator tinha que morrer ao lado de um jacaré, como não confiava no bicho o ator demorou a aceitar fazer a cena, ao realizá-la e o fez com um olho aberto e outro fechado, ele jamais tirou os olhos do animal, pois não confiava nele. Assim muitos relacionamentos, recheados de desconfiança.

III - CUMPLICIDADE (17,20)
Esta palavra tem uma conotação jurídica, mas hoje o seu significado transcende esta conotação. Alguns dicionários restringem seu significado, outros o tornam mais abrangente podendo significar: "estar ao lado, cooperar".
O mesmo Deus que esteve ao lado de Daniel e seus amigos nos bons momentos é o mesmo Deus que esteve ao lado deles nos momentos mais difíceis. Todo relacionamento saudável é para os bons e maus momentos.
No Salmo 124.1-5 lemos: "Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; as águas nos teriam submergido, e sobre a nossa alma teria passado a torrente; águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma." Por mais aguda que seja a situação que atravessemos podemos sempre contar com a poderosa mão de Deus nos amparando. O Senhor está sempre ao nosso lado, cooperando conosco.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

FALANDO EM NOME DE DEUS


1Reis 13.1-32
O Senhor enviou um de Seus profetas a Betel para que profetizasse contra o altar que estava ali. Jeroboão, rei de Israel, que havia construído o altar para que o povo não precisasse ir a Jerusalém sacrificar, temendo que voltasse ao domínio da dinastia davídica, irou-se contra o profeta e estendeu seu braço, ordenando que o homem de Deus fosse preso. No mesmo instante, seu braço secou e não pôde recolhê-lo, ele pediu então que o profeta intercedesse ao Senhor para que seu braço voltasse ao normal, e assim aconteceu.
Ao retornar para Judá, ele foi interceptado por um homem que se dizia profeta que acabara de receber uma visão de um anjo ordenando que voltasse com ele para comer pão em sua casa, contrariando assim a Palavra que o Senhor lhe havia dito anteriormente (1Reis 13.16,17). A despeito do que o Senhor havia lhe ordenado, o profeta retorna para comer na casa daquele homem e é severamente repreendido por Deus e como conseqüência de sua desobediência ele perde sua vida, vitimado por um leão.
Certamente aquele homem de Deus estava cansado e faminto, saiu de Judá (o texto não menciona a cidade) e foi para Betel, entregou a mensagem e estava retornando, aquelas palavras eram o que ele gostaria de ouvir, descansar e comer.
Muitas vezes a Palavra de Deus contraria nossos interesses pessoais, e quando alguém nos diz palavras agradáveis preferimos atender a elas que a Palavra do Senhor. Hoje as pessoas procuram alternativas para satisfazer seus egos. Lembro-me do rei Acabe que cercava-se de falsos profetas e rejeitava a Elias e Micaías, os quais nunca profetizavam o que ele queria (1Reis 22.8). Baseado neste texto, quero fazer uma reflexão sobre falar em nome de Deus...

I – NEM TODOS OS QUE DIZEM FALAR EM NOME DE DEUS O FAZEM DA PARTE DELE (18)
Aquele homem queria tanto que o profeta se hospedasse em sua casa que evoca autoridade divina para que suas palavras fossem atendidas. Quando os falsos profetas de Acabe falavam, diziam fazê-lo em nome do Senhor (1Reis 22.6). Podemos encontrar vários exemplos como este nas Escrituras Sagradas, homens falando do seu próprio coração palavras que, segundo eles, vieram do Senhor.
Esta prática é condenável por Deus. Em Jeremias 23.32, lemos “Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o SENHOR”. No capítulo 27, no versículo 15 do mesmo livro Deus diz: “Porque não os enviei, diz o SENHOR, e profetizam falsamente em meu nome, para que eu vos expulse e pereçais, vós e eles que vos profetizam”. Somos advertidos em Apocalipse 22.18: “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro”; as advertências não são apenas para aqueles que falam, mas também aos que dão crédito aos falsos profetas.
A partir da Idade Média, os papas evocavam autoridade igual ou superior à Palavra de Deus. Hoje, além deles, muitas pessoas se levantam, sem o menor temor, como arautos de seus próprios corações, alegando falar em nome de Deus. Um pastor pentecostal respeitado disse certa vez que mais de 90% dos que dizem falar em nome do Senhor o fazem de maneira mentirosa, ou por dolo ou por ignorância, pois algumas denominações ainda pregam que alguém só foi batizado com o Espírito Santo quando fala em línguas ou profetiza, aguçando assim o lado emocional de seus fiéis.
Algo que posso afirmar é que Deus é maior que minha teologia, pois esta é uma tentativa humana de entender Aquele. Sei que o Senhor é soberano para fazer o que quiser na hora que desejar, isso nos leva ao ensino seguinte.

II – DEUS NUNCA CONTRARIA SUA PALAVRA (21, 22)
Deus repreende Seu profeta por este não dar ouvidos à Sua Palavra, antes aceder às palavras de outro homem. Algo que vemos freqüentemente nas Escrituras é a imutabilidade de Deus e Seus propósitos. Em Números 23.19 lemos: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” Alguns outros textos nos deixam pensativos quanto a essa afirmativa. Não sou um exegeta, apenas um estudioso da Palavra de Deus. A palavra traduzida por arrepender (arrependa) nesse versículo, segundo o Interlinear Scripture Analyzer 2.0 (ISA), aparece somente aqui, a palavra utilizada em outros textos para afirmar que Deus se arrependeu é outra (ocorrências em Gênesis 6.6; 38.12; Êxodo 32.14; 2 Samuel 24.16; 1Crônicas 21.15; Jeremias 26.19; Jonas 3.10). Chamo à atenção para Gênesis 38.12, onde é traduzida por consolado, dando a idéia de um sentimento que já se cumpriu. Isto está de conformidade com o texto de Números supracitado e com outras afirmativas, tais como: Malaquias 3.6a “Porque eu, o SENHOR, não mudo”. Podemos afirmar com toda a certeza, o nosso Deus não muda de idéia (ai de nós se Ele o fizesse).
Freqüentemente, vemos alguns políticos, e não apenas eles, voltando atrás em suas palavras e, por muitas vezes contradizendo-as, contudo, isso não se aplica ao nosso Deus e este texto de 1Reis, assim como toda Escritura, nos mostra isso.
Aquele profeta deveria ter maturidade para perceber que a palavra daquele homem contrariava a Palavra do Senhor, e então rechaçá-la. Os que dão crédito a qualquer palavra dão sinal de imaturidade. Paulo elogia os bereanos, pois conferiam tudo quanto lhes era dito com a Escritura (Atos 17.11). Em Gálatas 1.8,9 o mesmo apóstolo declara que se ele, outra pessoa ou ainda um anjo aparecesse e pregasse outro Evangelho diferente que fosse anátema (maldito). Não precisamos de profetas, anjos, sonhos ou visões, pois temos a Palavra de Deus, esta era a convicção do reformador Martinho Lutero e também deve ser a nossa.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Ira de Deus


Jonas 1

Jonas, filho de Amitai, recebe a incumbência do Senhor de levar uma mensagem de arrependimento à cidade de Nínive, capital da Assíria, país em outros tempos causara muita dor e sofrimento ao povo do agora profeta.
Não era o desejo do coração de Jonas que os ninivitas se convertessem e recebessem misericórdia da parte de Deus, por isso, ele embarca em um navio para Társis, e de lá, embarca para Jope. No meio dessa viagem uma grande tempestade os aflige de modo que todos, menos o profeta que dormia no porão do navio, temiam pelas suas vidas.O mestre da embarcação espanta-se com a sonolência de Jonas e o convoca para invocar o seu Deus, assim como cada tripulante clamava ao seu deus por livramento. Ao lançarem sortes sobre quem teria provocado aquela situação, as sortes caíram sobre Jonas que declara ser hebreu e fugir do seu Deus, o que causa temor a todos.
O profeta havia provocado a Ira do Senhor e por isso toda aquela situação estava acontecendo, observando o texto podemos afirmar que a ira de Deus é...

I - DECORRENTE DO PECADO (3,4)
Muitas vezes recorremos à misericórdia do Senhor e nos esquecemos que todos os seus atributos são iguais. Ele é misericordioso sim, mas jamais pode deixar de ser justo.
O Senhor é tão justo que não pode conviver com o pecado, isso provoca Sua ira e, portanto, toda transgressão, por menor que seja, não merece senão a morte como juízo divino.
Em Colossenses 3.5,6 lemos: "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" e Romanos 1.18 nos diz: "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;"
Desde o Éden a proposta de Deus para o homem é a obediência para desfrutar de todas as Suas bênçãos, mas desde lá a epopéia humana é de desobediencia e, portanto, desfruta de Sua ira. Jonas não passaria por aqueles momentos difíceis se simplesmente obedecesse. Seu orgulho o conduziu à ira do Senhor. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hebreus 10.31)
Outra lição que aprendemos com a história de Jonas é que a ira de Deus...

II - NÃO É SATISFEITA COM PALIATIVOS (12,13)
O profeta diz aos tripulantes, lancem-me ao mar. Havia apenas e tão somente uma alternativa para eles, mas eles ainda tentam remar até alcançar a terra, o que não adiantou nada. A ira de Deus que estava sobre aquela embarcação só foi aplacada quando eles fizeram a única coisa a ser feita, lançar Jonas ao mar.
Assim como os companheiros de viagem do profeta, as pessoas tentam de tudo para fugir da ira de Deus, menos o que deveriam fazer. Para a humanidade há somente uma maneira de fugir dessa ira, crer em Cristo Jesus como seu único e suficiente salvador.
Cristo é o Filho de Deus que veio ao mundo para salvar o homem da consequencia do pecado, por isso Ele recebeu toda a ira e castogo reservado para nós. Em Isaías 53.5 lemos: "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados."
John Piper em uma de suas mensagens diz que gostaria de mais de um caminho, mais de uma verdade, mais de um salvador, apenas uma possibilidade é injusto, mas ele conclui, é injusto mas é suficiente. Apenas um caminho, apenas um salvador pode não satisfazer nossas espectativas, mas é suficiente para levarnos ao céu.
No capítulo 1 do livro do profeta Jonas observamos ainda que...

III - MESMO NA IRA, DEUS MOSTRA MISERICÓRDIA (17)
Alguns podem olhar para aquele grande peixe e vê-lo como mais uma manifestação da ira, mas eu o vejo como uma manifestação da misericórdia de Deus. Ainda hoje, com toda tecnologia, atravessar o mar a nada precisa de muito aparatos: auxiliares, roupas especiais, um grande preparo físico e emocional...Jonas não tinha nada disso, a morte era certa para o profeta naquelas situações, por isso o Senhor lhe enviou um socorro. Quando Adão pecou recebeu logo a promessa da redenção (Gênesis 3.15, o proto-evangelho, quando Caim matou seu irmão Abel, seu temor era que quem o encontrasse também o matasse, e portanto, o Senhor lhe pôs um sinal para protegê-lo.
Vemos nesses exemplos que o Senhor, mesmo na Sua ira, exerce a misericórdia. Mesmo com nossos pecados recebemos o ar para nossos pulmões, alimento, sol, chuva...e o mais importante, recebemos a Cristo Jesus como propiciação dos nossos pecados.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

CONVERSÃO


2CRÔNICAS 33.1-17

Manassés era um rei perverso, fazia de tudo para provocar o Senhor à ira. Certamente um dos piores líderes da história de Israel, seus erros conduziam o povo a pecar contra o Senhor. Adorou o exército dos céus, consultava necromantes, edificou altares aos ídolos no templo, lugar exclusivo para adoração a Deus. Mesmo advertido não se arrependeu nem desfez suas abominações. Por causa de sua irreverência, o Senhor permitiu que fosse preso, amarrado com ganchos e cadeias e por fim exilado na Babilônia. Lá, no fundo do cárcere, certamente o pior momento de sua vida, ele se lembra do Senhor e lhe faz uma oração e o Senhor lhe torna favorável. Conversão é um rompimento total com o estilo anterior, uma mudança de rumo. Olhando para o exemplo de Manassés podemos afirmar que a conversão...

I - MUDA NOSSO MODO DE PENSAR (12-16)
Manassés era perverso, tinha prazer em provocar a ira do Senhor, chegando ao ponto de queimar seus filhos à abominações, a partir do momento em que busca a Deus sua filosofia de vida muda radicalmente, aquele que outrora contruia altares para ídolos na Casa do Senhor, agora retíra-os, aquele que adorava vários deuses, agora serve apenas ao Senhor.

II - RECONCILIA-NOS COM O DEUS (13)
No momento em que Manassés faz uma oração e se humilha na presença do Senhor, o texto nos diz que Ele se tornou favorável. Aquele que antes era inimigo agora é reconciliado com Deus.
Quando Cristo morreu e ressuscitou, Ele removeu a barreira da inimizade que havia entre nós e Deus. O homem natural (antes da conversão) é inimigo de Deus por suas obras, mas no momento em que nos voltamos para Ele, recebemos mais do que a reconciliação, recebemos a adoção e nos tornamos filhos de Deus.

III - INFLUENCIA POSITIVAMENTE A NOSSA VIDA (13)
Vivendo o pior momento de sua vida, Manassés buscou a Deus e teve sua dignidade restaurada. O prisioneiro recupera a sua dignidade e retorna para Jerusalém. Certa vez uma pessoa perguntou a um evangélico: "você acredita realmente que Jesus transformou água em vinho?" Ele respondeu: "acredito! Lá em casa Ele tem transformado cachaça em móveis." Aquele homem havia sido escravo da bebida e no momento em que se entregou ao Senhor, teve a sua vida influenciada positivamente. Não há que se volte a Ele e continue com o mesmo rítimo de vida.
Entregue-se ao Senhor, Ele tem coisas maravilhosas a realizar na tua vida também.

terça-feira, 23 de março de 2010

Deus é Bom. Será?


Salmos 34:8a Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom;

As Escrituras são enfáticas ao afirmarem a bondade do Senhor, mas assim como o salmista Asafe no Salmo 73 às vezes nos deparamos diante de algumas situações que nos fazem refletir, ou até mesmo questionar estas afirmativas.

Como Deus pode ser bom com tantas pessoas passando fome? Como crer nesta afirmativa diante do aquecimento global, dos terremotos no Haiti, no Chile...

Eu tenho uma máxima, fruto de minhas reflexões: Nossa imperfeição nos impede de reconhecer qualquer tipo de perfeição. Há pessoas que conseguem ver defeitos até mesmo em Deus, até mesmo nós que conhecemos um pouco mais da Palavra encontramos algumas dificuldades em certos textos ou para explicar alguns acontecimentos. Deus é bom no nível da perfeição. E as pessoas que estão morrendo de fome? O nosso mundo produz alimentos mais que suficientes para alimentar toda a população de nosso planeta. Como Ele pode ser bom tendo causado o aquecimento global? Opa! Espere um momentinho. Quem tem lançado gases na atmosfera? É o ser humano quem tem alterado o clima com a emissão de poluentes na atmosfera, seria injusto culpar a Deus. Como ficam os terremotos? Há quanto temos ciência da existência das placas tectônicas e de seus potenciais efeitos? Por que ainda continuamos a construir próximo a elas? Deus não construiu nenhuma cidade próximo a falhas geológicas e ainda nos deu o conhecimento a respeito delas. É a ganância humana e não a ausência de bondade do Senhor quem tem provocado guerras, mortes, tentativas de extermínio em massa de povos.

Há ainda aqueles que dizem, por que Ele não intervém, nos forçando a fazer algo? As pessoas se orgulham de seu "livre arbítrio" e pedem que Deus os manipule como robôs; acredite, eu ouvi essa frase ontem.

Salmos 115:16 Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens. Somos mordomos de nosso planeta. Certa vez uma menina estava sentada em um ônibus lotado quando de repente entra uma senhora grávida, ela conversa consigo mesma: "puxa, Deus poderia tocar em alguém para ceder lugar para essa senhora". Por que não ela? Deus a estava mostrando o que precisava ser feito. Assim também nós, Deus tem nos mostrado o que precisa ser feito para que o nosso mundo seja um lugar melhor, Ele tem feito Sua parte nos dando todas as condições de fazê-lo. Ele não vai descer dos céus para alimentar alguém, pois abençoa a produção que, ano após ano bate recorde de produção, cabe ao homem distribuir. Ele não vai despoluir a atmosfera, sabemos o que deve ser feito para que isso ocorra. Ele disse que somente quem deu a vida pode tirá-la, e até onde eu sei nenhum ser humano conseguiu dar vida a alguém (entenda a diferença entre gerar e dar vida), diferentemente dos animais temos discernimento para refletirmos sobre a consequência de nossos atos. Somos mordomos do Senhor, ele determinou melhorar o mundo através de nós. Não podemos culpá-Lo por nossa "improbidade administrativa" http://pt.wikipedia.org/wiki/Improbidade_administrativa.
*Naum 1:7 O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.
*Salmos 34:8 Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.
*Salmos 100:5 Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a sua fidelidade.
*Salmos 135:3 Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável.
*Salmos 145:9 O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.
*Salmos 33:5 Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do SENHOR.

terça-feira, 2 de março de 2010

DEPENDÊNCIA DE DEUS


Dn.4.28-37

Ao olharmos para o 4º capítulo do livro do profeta Daniel nos deparamos com um sonho do rei Nabucodonozor com uma árvore grande de grandes e apetitosos frutos, de longe podia ser vista, pássaros se aninhavam nos seus galhos, até o momento em que um "vigilante" aparece e a corta deixando apenas a cepa com as raízes amarradas com correntes. Este sonho o intriga, então o rei resolve chamar seus sábios para lhe interpretarem o tal sonho, ninguém, à excessão de Daniel, consegue interpretá-lo. Os fatos relatados no sonho aconteceriam se Nabucodonozor não se humilhasse e reconhecesse que Deus é o Senhor acima de todas as coisas.
Doze meses se passam e o rei passeando pelo seu palácio real, contempla a cidade e seu coração se exalta. Daí por diante o que acontece é exatamente o que Daniel havia dito. O rei se tornou como um animal e foi morar com os animais, seu corpo havia mudado, ao invés de finos manjares ele agora se alimenta de pastagem como o gado. Analisando o texto, podemos afirmar:
1. AINDA QUE O HOMEM NÃO RECONHEÇA, ELE DEPENDE DE DEUS;
O grande poder, as muitas riquezas fizeram com que o coração de Nabucodonozor se exaltasse ao ponto de pensar ser um deus e não precisar do Deus verdadeiro. Quantas pessoas ainda hoje, pela sua intelectualidade, pela grande quantidade de bens são levados a pensar que não precisam de Deus, ou ainda, duvidar de Sua existência?
Ainda que Nabucodonozor não reconhecesse sua vida, seus bens, seu domínio, foram dados por Deus. O povo de Israel foi advertido por causa do seu pecado que o Senhor os entragaria nas mãos do rei da Babilônia.
Paulo, no capítulo 17 do livro de Atos nos diz que Deus é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. Ainda que os orgulhosos não reconheçam, sua vida, sua respiração, seus bens, suas famílias...vêm das mãos do Senhor. O texto nos mostra ainda que...
2. O MELHOR PARA O HOMEM É RECONHECER SUA DEPENDÊNCIA DE DEUS;
Nabucodonozor só recuperou seu reino, sua dignidade, sua honra, a partir do momento em que reconheceu que Deus é o Senhor de todo universo. É fato que ele, após sete tempos, recobrou a consciência, mas após recobrá-la, seu primeiro ato foi curvar-se diante do Deus Todo-Poderoso.
O ser humano sempre quis ser mais do que realmente era e isso o fez perder até o que tinha. Por causa do pecado o homem perdeu a vida espiritual (já nasce destituído dela) e sua vida física se definha a cada dia. Essa situação só muda quando ele (o homem) reconhece que o Senhor e não ele é o centro do universo. Quando queremos nos defender, tomar nossas próprias atitudes, Deus permite, quando reconhecemos nossa fragilidade, nossa nossa incompetência, o Senhor age por nós. Ele está sempre disposto a mudar nossa sorte quando entregamos nossa vida em Suas mãos.