terça-feira, 3 de agosto de 2010

DEUS, O PECADO E O PECADOR

João 8.1-11
Os escribas e fariseus eram as autoridades religiosas de Jerusalém e frequentemente eram censurados publicamente pelo Senhor Jesus. Por muitas vezes eles O desafiavam e sempre perdiam o debate. Neste texto eles apresentam uma mulher que foi pega em adultério e desafiam o Senhor Jesus a defendê-la, aquele que sempre pregou o amor ao próximo e o perdão agora é colocado diante de uma situação praticamente definida. Defender esta mulher seria contrariar a Lei de Moisés, era exatamente isso que eles queriam, se Jesus dissesse a eles que a apedrejassem, a multidão questionaria seus ensinos, se dissesse que não a apedrejassem, Ele feriria a Lei Mosaica. Com uma frase o Senhor transforma os acusadores em réus. Neste episódio vemos três personagens principais: Deus, o pecado e o pecador, que nos mostram ensinos importantes.

I - DEUS NÃO IGNORA O PECADO (6,7)
Algo que podemos notar aqui é que o Senhor Jesus não defendeu aquela mulher, ela foi pega em adultério e pela Lei merecia a pena de morte, o Senhor não questionou esse fato.
Deus nunca passou a mão na cabeça de pecadores, seja quem for. Abraão, Moisés, Davi e outros grandes homens pecaram e Deus não apenas permitiu que colhessem a consequência de seus erros mas também inspirou o registro desses erros. Em Josué 24.19 lemos: "Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados." Deus nunca tolerou e jamais tolerará o pecado, nós e que somos, em muitas vezes, permissivos e ignoramos os efeitos do pecado. Para Deus, seja pecadinho ou pecadão (nós fazemos essa diferenciação pelas consequências), merece uma sentença, a morte.

II - DEUS CONFRONTA O PECADOR (7,9)
Mateus 4.17 diz: "Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus."
Aqueles homens confrontaram o Senhor Jesus com o pecado daquela mulher, o Senhor por sua vez os confrontou com os próprios pecados deles. A mensagem do Evangelho é confrontadora, Ele nos coloca diante das nossas maiores mazelas, se assim não fosse não haveria conversão. O AA tem como primeiro passo o reconhecimento de ajuda, a partir do momento em que a pessoa se vê como um doente, ela percebe que precisa de transformação. Jamais veríamos que necessitamos de transformação se o Evangelho não nos colocasse diante das nossas purulentas e abertas feridas.
Em João 16.8 lemos: "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo." Mais do que convencer esta palavra significa expor, condenar, reprovar. O Espírito Santo nos coloca frente a frente com nossas fraquezas.

III - DEUS PERDOA O PECADOR (10,11)
Aquela mulher domonstra estar profundamente arrependida pelo que fez. Quando nos achegamos a Deus com nossos corações sinceros e quebrantados, Ele nos perdoa.
Em Atos 3.19 está escrito: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados". E em 1João 2.12 encontramos: "Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por causa do seu nome". O Senhor Jesus tem todo poder para perdoar os pecados daqueles que se achegam a Ele através da fé. Faça como esta mulher, quebrante o teu coração na presença do Senhor e receba o perdão de todos os teus pecados e não peques mais.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BASES DE UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL


DANIEL 1
Imagine quatro jovens num lugar onde impera a depravação. Daniel e seus amigos haviam sido levados cativos por Nabucodonozor para a Babilônia e eles tinham conciência que tudo o que estava acontecendo era por permissão de Deus. Aqueles jovens poderiam demonstrar revolta e render-se a todo tipo de depravação da qual estavam expostos, mas não o fizeram. Poderíamos nos perguntar a razão pela qual eles agiram assim e a resposta seria, eles tinham um relacionamento saudável com Deus e isso influenciou suas decisões, por isso rejeitaram as finas iguarias do rei. Os preceitos contidos neste texto são aplicáveis em qualquer nível de relacionamento, amizade, matrimônio e especialmento no relacionamento com Deus, são eles...

I - FIDELIDADE (8)
Algumas versões bíblicas (incluindo a NVI) traduzem a segunda parte do versículo quatro do capítulo dois do livro do profeta Habacuque como: "o justo viverá por sua fidelidade". No grego (idioma do Novo Testamento) fidelidade e fiel possuem a mesma raíz. É inconcebível a idéia de um crente infiel, no livro do profeta Ezequiel o próprio Deus compara a infidelidade de Seu povo à infidelidade conjugal, na Nova Aliança, a igreja é chamada de noiva de Cristo, isto nos mostra de quão estreita é a relação do Senhor e Seu povo.
Em 1Coríntios 4.1,2 lemos: Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.
Fidelidade deve permear todo e qualquer tipo de relacionamento. Na mente de Deus o divórcio é inaceitável, mas por causa da dureza do coração humano Ele abriu um e apenas um precedente, a infidelidade. A requeremos de nossos amigos, nossos cônjuges e Deus também requer de nós.

II - CONFIANÇA (12,13)
Daniel estava exposto a uma situação da qual poderia simplesmente entregar os pontos. Estava num beco sem saída, mas ainda assim confiou no Senhor. Ele não sabia o que Deus iria fazer, mas ele sabia que Deus iria fazer. Daniel pediu dez dias porque sabia que o sobrenatural sobreporia ao natural.
No Salmo 112.7 lemos : "Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no SENHOR." e no Salmo 125.1 lemos:"Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre." A confiança é a base de todo e qualquer relacionamento saudável. A confiança no Senhor nos ajuda a vencer nossos maiores temores. Na época das novelas ao vivo, um ator tinha que morrer ao lado de um jacaré, como não confiava no bicho o ator demorou a aceitar fazer a cena, ao realizá-la e o fez com um olho aberto e outro fechado, ele jamais tirou os olhos do animal, pois não confiava nele. Assim muitos relacionamentos, recheados de desconfiança.

III - CUMPLICIDADE (17,20)
Esta palavra tem uma conotação jurídica, mas hoje o seu significado transcende esta conotação. Alguns dicionários restringem seu significado, outros o tornam mais abrangente podendo significar: "estar ao lado, cooperar".
O mesmo Deus que esteve ao lado de Daniel e seus amigos nos bons momentos é o mesmo Deus que esteve ao lado deles nos momentos mais difíceis. Todo relacionamento saudável é para os bons e maus momentos.
No Salmo 124.1-5 lemos: "Não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o SENHOR, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, e nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós; as águas nos teriam submergido, e sobre a nossa alma teria passado a torrente; águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma." Por mais aguda que seja a situação que atravessemos podemos sempre contar com a poderosa mão de Deus nos amparando. O Senhor está sempre ao nosso lado, cooperando conosco.